ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Presa em Campinas envolvida com tráfico no Nordeste

Mulher foi detida pela Polícia Federal na casa onde morava em bairro do distrito do Campo Grande

Bargas Filho
02/07/2025 às 15:56.
Atualizado em 02/07/2025 às 15:56
A suspeita que mora em Campinas era o elo da organização e teria a função de ampliar o esquema no Estado de São Paulo (Divulgação FICCO/SE)

A suspeita que mora em Campinas era o elo da organização e teria a função de ampliar o esquema no Estado de São Paulo (Divulgação FICCO/SE)

Uma moradora de Campinas atuava como célula no Estado de São Paulo de um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro de uma organização criminosa do Nordeste do país que movimentou cerca de R$ 32 milhões nos últimos quatro anos. Ela foi presa, ontem, pela Polícia Federal na casa onde morava, em um bairro do distrito do Campo Grande.

No total, seis pessoas foram presas durante a Operação Sortilegim que foi realizada em três cidades de Sergipe (a capital Aracajú, Itabaiana e Estância), em Alagoas (cidade de Olho D'Água do Casado) e em São Paulo (Campinas). As prisões foram feitas para desarticular uma quadrilha especializada no comércio de cocaína e maconha.

A investigação que possibilitou identificar integrantes de três organizações criminosas que têm base em Itabaiana município do Interior sergipano e localizado a 2.180 quilômetros de Campinas - foi realizada pela FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) de Sergipe.

O grupo criminoso formado a partir de uma possível parceria do PCC com o Bonde do Maluco e com o Comando Vermelho, segundo as investigações, era responsável pela distribuição de entorpecentes, principalmente crack e maconha, em Itabaiana. Segundo nota divulgada pela FICCO, "o esquema também envolvia o uso de contas bancárias de terceiros e a prática de depósitos fracionados como estratégia de ocultação e dissimulação de valores ilícitos".

A suspeita que mora em Campinas era o elo da organização e teria a função de ampliar o esquema em São Paulo. A mulher e os demais cinco presos foram levados para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Aracaju. 

A "célula paulista" desse grupo, conforme as investigações, teria a função de lavar o dinheiro com a compra de estabelecimentos comerciais e também fazer a intermediação e compra de drogas que seriam enviadas para o Nordeste. Agora, o rastreamento da quadrilha será ampliado em municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas). A suspeita é que existam outras pessoas envolvidas. 

A FICCO é composta por integrantes da Polícia Federal, Polícia Civil, Polícia Militar, Polícia Penal e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, e tem como objetivo promover a integração das forças de segurança pública no enfrentamento ao crime organizado. 

A operação foi batizada de Sortilegium porque trata-se de um termo em latim que significa 'tirar a sorte', em referência ao modo de agir do grupo, que realizava depósitos fracionados de valores em casas lotéricas da região de Itabaiana para fins de circulação do dinheiro proveniente do tráfico de drogas, utilizando essa estratégia para despistar as fiscalizações governamentais e contando, assim, com a sorte. 

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