Uma arena no interior paulista

Os torcedores de Guarani e Ponte Preta ouviram, durante anos, planos para contrução de arenas que substituiriam o Brinco de Ouro e o Moisés Lucarelli. No caso dos bugrinos, com a venda do Brinco, um novo estádio será mesmo construído antes da entrega do terreno. Não se sabe se será uma obra moderna como a que vimos em algumas maquetes divulgadas pelo clube no passado ou se a Magnum, nova proprietária da área, vai entregar um estádio bem modesto, com 12 mil lugares apenas. Na Ponte Preta, o projeto é um desejo do presidente de honra do clube, Sérgio Carnielli. Muito se falou sobre a venda do Majestoso, cuja fachada foi tombada pelo Condepacc em 2011. Também se falou que a arena seria construída sem custos para o clube, mas a crise econômica chegou forte e o assunto ficou para depois. Enquanto tudo está muito quieto em Campinas, um outro time do interior paulista começou a trabalhar. As obras para uma ampla reforma do estádio Santa Cruz, do Botafogo, já começaram. A primeira parte da obra vai atingir apenas um terço do estádio e a expectativa é de que já esteja concluída durante o Paulistão de 2019. O estádio de Ribeirão Preto terá um prédio de três andares. No primeiro, serão construídos três bares e restaurantes, entre eles um da famosa franquia Hard Rock Cafe. No segundo andar haverá uma área para eventos corporativos e, na parte superior, serão construídos 32 camarotes. O Botafogo vai alugá-los anualmente a empresas. Também nessa primeira fase da reforma, será construída uma área com cadeiras cobertas para os torcedores e um palco. Assim, além de futebol, eventos e restaurantes, a Arena Eurobike também receberá shows. Ao incorporar uma arena ao seu estádio, o Botafogo planeja aumentar suas receitas. A partir desse momento, dará sequência ao projeto, reformando arquibancadas, banheiros, vestiários e o departamento de fisioterapia. Os recursos para a construção da arena vieram de uma parceria, aprovada pelo conselho deliberativo do clube no início do ano. Foi criada a Botafogo S/A, cuja diretoria é composta por seis dirigentes do clube e quatro diretores da Trex Holding, que pertence a Adalberto Baptista, empresário e ex-diretor do São Paulo. O Botafogo, que acabou de subir para a Série B, concluiu que não conseguiria ser competitivo apenas com as receitas do futebol. Ao expandir sua área de atuação, espera ser mais forte dentro de campo nas próximas temporadas.